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Grindcore

Release

Banda de Grindcore, de São Paulo capital, inicialmente conhecida por tocar na porta de grandes shows de metal com um gerador a bordo de uma Kombi, o Test cresceu desde que começou a se apresentar na rua, em 2011.

A banda já dividiu palcos - desta vez do lado de dentro, como banda de abertura - com gente como King Diamond, Napalm Death, Carcass, Cannibal Corpse, Exodus e Brujeria, Mayhem, Mortician, Dillinger Escape Plan, pra citar alguns.

Shane Embury, baixista do Napalm Death, e os irmãos Max e Iggor Cavalera estão entre os que já declararam publicamente serem fãs de TEST. Iggor Cavalera, por sinal, elegeu Barata, baterista do Test, como um dos 9 melhores bateristas de todos os tempos.

Além de tocar com artistas de renome da música pesada, o Test já se apresentou com artistas de diversos estilos como Tom Zé, Boogarins e Metá Metá e também participou de dois dos principais festivais de música extrema do mundo: "Obscene Extreme", na República Tcheca, e "Maryland Deathfest", nos Estados Unidos, além de praticamente todos os festivais de música independente e principais casas de shows do Brasil, como "Abril Pro Rock", Coquetel Molotov, Espaço das Américas e Circo Voador.


Experimental?

Logo após seu inicio, o Deathgrind da banda passou a conviver com outros estilos, fruto da espontaneidade do processo de composição. "Fazemos músicas pra filtrar, não pra somar." diz João, vocalista e guitarrista do duo.

As experimentações viraram característica da banda, que já lançou um disco compartilhando a mesma linha de bateria de Barata para composições diferentes (no split-EP "Otomanos” de 2013) com, a outra banda do baterista, D.E.R., onde se ouve a bateria no meio e uma banda de cada lado, tocando ao mesmo tempo.

Um videoclipe sem som (para criticar a importância que dão à imagem). Um disco com músicas sem começo, meio e fim, que se misturam em infinitas possibilidades (“O Jogo Humano” de 2019).

E em 2022 lançou seu segundo longa Metragem "Um Disco Normal” que estreou no renomado Festival Internacional do Documentário Músical In-Edit. Nele a banda registra as gravações do seu novo ábum em áreas externas, ocupando e transformando espaços púlicos em estúdios a céu aberto. Também foram usados nessa gravação inúmeros equipamentos experimentais, como uso de cameras VHS como microfones e gravadores cassete antigos.

Sessão de 'Um Disco Normal' na Cinemateca Brasileira durante o festival In-Edit 2022
"Um Disco Normal" sendo exibido na Cinemateca Brasileira durante a 14ª edição do In-Edit Brasil. Foto: Fernando Yokota

A própria formação da banda também já passou por experimentações. Originalmente uma dupla, o Test adotou o formato "big band" em alguns shows, com mais de 14 músicos num mesmo palco. A ideia foi evidenciar as diferentes texturas e dinâmicas das músicas do segundo álbum "Espécies" de 2015.


Balanço até aqui

Com um ritmo compulsivo de gravações e shows, o Test chega aos 13 anos de vida com 16 álbums (entre discos cheios, EPs e split álbuns gravados com bandas de diferentes cantos do mundo, como Nepal [Chepang], E.U.A. [Cloud Rat, Ixias] e China [Struggle Session]).
Dois longa metragens, mais de 10 mil discos físicos vendidos, mais de 800 shows em todos os estados do Brasil, 14 turnês internacionais (E.U.A., México, Argentina, Colômbia e Europa).

Com mais de um milhão de views somando todos os vídeos da banda espalhados pelo YouTube, a banda gosta de frisar:
“Sabemos a importância que as pessoas dão para números de Internet, mas não ligamos pra isso, pois não condizem com a realidade. Pra gente é importante viajar e levar nossa música ao vivo para o maximo de lugares possíveis.” diz João, que fica nervoso ao ser perguntado o que leva a banda não dispolibilizar suas músicas nas maiores plataformas de streamming:
“A gente curte divulgar nosso trabalho do nosso jeito. Hoje tá tudo enlatado, com milhares de lançamentos por dia, fica muito dificíl de assimilar. Todo mundo usa a mesma linguagem, de Napalm Death à Anitta”.

A banda tem uma visão ímpar sobre a indústria da música, são criticos sobre a forma que as curadorias e produtores trabalham e já negaram propostas de inumeras agências e gravadoras, como o renomado selo Deck Disc “é difícil para eles trabalharem fora da caixa.” completa João.

Perpetuamente na estrada, as turnês dos seus álbuns cheios, sempre superam a marca de 250 shows, passando sempre por muitos lugares novos. Agora se preparam para mais uma intensa bateria de shows para divulgar seu novo álbum “Disco Normal” lançado em maio de 2023.